quinta-feira, 20 de março de 2014

A Igreja Neo Testamentaria por David Cloud





A IGREJA
NEO TESTAMENTARIA
 por David Cloud


Traduzido com permissão do material Série de Estudos Bíblicos do Way of Life Literature.

A IMPORTÂNCIA DA IGREJA

O Espírito Santo nas Escrituras exaltou a igreja local das seguintes maneiras:

(1) É a única instituição que Jesus está construindo hoje (Mat. 16.18).

(2) É a coluna e a firmeza da verdade (1 Tim. 3:15).

(3) É a casa de Deus (1 Tim. 3:15).

(4) É o lugar onde Jesus está de pé (Apoc. 1).

(5) É a instituição à qual o Espírito Santo está falando (Apoc. 2.7,11,17,29; 3.6,13,22).

(6) É a quem se dirige a Grande Comissão e a sede para missões mundiais (Mat. 18.15-17; 28.18-20; Atos 11,13). É o centro para: a disciplina dos Cristãos (1 Cor. 5), o exercício dos dons espirituais (1 Co. 12-14 ), a formação dos Cristãos (Hb 13.7); a ordenação de missionários (At 13:03); o apoio de missionários (Fil. 4:16; 2 Cor. 11:8); o serviço Cristão (Tito 2); e a oração (At 10.5).

(7) É a instituição através da qual Deus deve ser glorificado (Ef. 3.21).

(8) É a igreja de Deus (At 20.28). O termo “igreja de Deus” é usado 13 vezes no NT e sempre é dirigido à igreja local.

(9) É comprada com o sangue de Cristo (At 20:28).

(10) É o corpo de Cristo (1 Cor. 12:27).


FIDELIDADE À IGREJA


Hebreus capítulos 10 e 13 da pelo menos 9 razões pelas quais o crente deve ser fiel à igreja :

1. Firmeza (10.23). O crente necessita da igreja para que ele possa permanecer firme em sua fé.

2. Comunhão (10.24). O crente precisa da comunhão e do exemplo de outros crentes.

3. Responsabilidade (10.25). O crente tem a responsabilidade diante de Deus de ser fiel na igreja

4. Segurança (10.25). O crente precisa da igreja porque os dias são maus.

5. Evidência de salvação (10.26-27). Pela fidelidade à coisas de Deus, o crente dá evidência de sua salvação. Aqueles que negligenciam as coisas de Deus estão provando que eles não são salvos.

6. Treinamento (13.7).  O crente precisa da igreja local para que a ele possa ser ensinada a Palavra de Deus.

7. Exemplo (13.7). O crente precisa do exemplo dos líderes da sua igreja.

8. Disciplina, supervisão (13.17). O crente precisa da supervisão piedosa e amorosa que os pastores chamados e qualificados por Deus proporcionam.

9. Julgamento (13.17). O crente precisa ser fiel à igreja, porque Deus irá julgá-lo nesta questão.


continua...

quarta-feira, 19 de março de 2014

Segurança Eterna do Crente


Segurança Eterna do Crente


A questão da segurança eterna do crente tem sido a causa de muita controvérsia na igreja, durante séculos, e continua causando confusão e desgosto a muitos cristãos. É demais esperar que o assunto seja esclarecido neste pequeno texto, mas, pelo menos, tentaremos ajudar um pouco.



Os que acreditam na perda da salvação acusam os que acreditam na “segurança eterna do crente” de promoverem a “graça barata”. Mesmo que esta, em certos casos, seja uma expressão adequada, trata-se de uma premissa não bíblica. Chamar “barata” a graça de Deus é o mesmo que negá-la, visto como esta graça custou um preço por demais elevado ao Senhor que por ela pagou com o Seu próprio sacrifício na cruz do Calvário.



Quando uma pessoa acha que pode pagar uma parte desse preço, tentando ganhar a própria salvação pelas suas obras, ela está barateando a graça, pois desvaloriza o dom infinito que somente Deus pode oferecer, o qual dispensa qualquer esforço humano.
Falar em “cair da graça” inclui o mesmo erro, visto como nossas obras nada têm a ver com o merecimento da graça e também nada poderíamos fazer para merecê-la. Portanto, também nada poderíamos fazer para perdê-la. As obras implicam em recompensa ou castigo (Gálatas 6:7), porém nunca na salvação da pessoa. O grave problema é a confusão que se faz entre a graça e as obras do crente.

Compreendendo a graça:

1) - Deve ficar absolutamente claro que graça e obras não se misturam. Paulo declara em Romanos 11:6: “Mas se é por graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça. Se, porém, é pelas obras, já não é mais graça; de outra maneira a obra já não é obra”. Desse modo, a salvação não pode ser conseguida em parte pelas obras e em parte pela graça.

2) - Devemos ter absoluta certeza de que as obras nada têm a ver com a salvação. A Bíblia declara, meridianamente: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie”. (Efésios 2:8-9).

3) - A salvação não pode ser conseguida por nós, nem sequer em parte, pois ela exige o pagamento da penalidade do pecado - o que não podemos fazer. Se alguém recebesse uma multa de trânsito por excesso de velocidade nada lhe adiantaria dizer ao juiz: “Eu sempre dirigi a 55 Km por hora; portanto, esta boa ação deve compensar o erro que eu agora cometi”. Nem que ele dissesse: “Se o senhor me liberar agora, prometo que jamais cometerei outra infração”. Então, o juiz iria responder: “Ora, não cometer mais infração é apenas cumprir a lei, pelo que não lhe cabe crédito algum. O castigo por ter quebrado a lei é outro assunto e você deve pagar por isso”. Paulo diz em Romanos 3:20: “... Nenhuma carne será justificada diante dele (Deus) pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado”. 

4) - Se a salvação do castigo por termos quebrado a lei não pode ser conseguida pelas boas obras, ela também não pode ser perdida pelas obras más. Nossas obras nada influem para se conseguir ou perder a salvação. Se isso acontecesse, os que chegam ao Céu poderiam se vangloriar de que, embora Cristo lhes tenha dado a salvação, eles, por sua vez, viveram vidas santas, a fim de manterem a mesma. Desse modo, Deus seria defraudado no
recebimento de Sua glória, por toda a eternidade.

5) - A salvação pode ser-nos concedida como um dom gratuito somente se a penalidade do pecado foi totalmente paga. Violamos a infinita justiça divina, exigindo, portanto, uma penalidade infinita. Somos seres finitos; portanto, não podemos pagar uma penalidade infinita e, assim, ficamos separados de Deus por toda a eternidade Deus é infinito; por isso, Ele pôde pagar a penalidade infinita; porém, só quando se tornou um membro de nossa raça. Deus, em amor e graça, através do nascimento virginal, tornou-Se homem, a fim de pagar o débito do pecado por toda a raça humana. Está consumado!

Cristo clamou na cruz “Está consumado!”, significando que todo o débito havia sido pago e a justiça divina fora satisfeita com o pagamento total da penalidade. Foi assim que Deus Se tornou “justo e justificador daquele que tem fé em Jesus” (Romanos 3:26). Nesta base, Deus oferece o perdão dos pecados e a vida eterna, como um dom gratuito. Ele não força pessoa alguma a aceitá-lo; pois, neste caso já não seria um dom, mas uma imposição. Por isso, Ele também não aceita que pessoa alguma rejeite essa base legal de perdão, oferecendo, como “pagamento parcial”, as próprias obras.

A salvação é obtida pelo completo perdão (através da graça) da penalidade dos nossos pecados passados, presentes e futuros e a vida eterna é o bônus que dela resulta. Negando esta verdade cardeal, os sectários, como as TJs, rejeitam a salvação exclusivamente pela graça, insistindo em que ela deve ser obtida pelas boas obras. As TJs acusam os evangélicos de ensinarem que tudo que devemos fazer é crer em Cristo, passando a viver uma vida como bem quisermos, cometendo os pecados mais grosseiros e, mesmo assim, continuando na certeza de que chegaremos ao Céu. Ora, nós não ensinamos tal coisa, embora uma queixa semelhante seja feita pelos que acreditam na perda da salvação. Eles dizem que afirmar: “uma vez salvos, para sempre salvos” pode encorajar as pessoas a uma vida de pecados. Mas, o fato de saber que não perderemos a salvação, em virtude de um motivo maior, para uma vida piedosa de amor e gratidão pelo que Cristo fez por nós na cruz do Calvário...

Conquanto, para aqueles que acreditam em “cair da graça”, fique claro que as boas obras não salvam, eles continuam ensinando que a salvação é obtida através das boas obras. Desse modo, alguém é salvo pela graça; porém, mais tarde, se esta salvação pode ser perdida pelas obras más, é o mesmo que ensinar que as boas obras conservam a salvação, e o mesmo erro de afirmar que são as boas obras que ganham a salvação. O mesmo que negar a graça é afirmar que, uma vez salvo pela graça, eu preciso me conservar salvo praticando boas obras. Em vez de glorificar o sacrifício de Cristo, este ensino, conforme Hebreus, está condenando-O ao ridículo diante do mundo, crucificando-O novamente, a fim de que Ele possa nos salvar. Ele também seria ridicularizado por ter morrido para nos dar a salvação, sem ter feito uma provisão para que a conservássemos... E de dar um dom inestimável a quem, inevitavelmente, iria perdê-lo. Se a morte de Cristo em nosso lugar e Sua ressurreição não foram suficientes para nos conservar salvos, então Ele perdeu inutilmente o Seu tempo. E se não podemos viver uma vida bastante boa para ganhar a salvação, também não podemos viver uma vida bastante boa para conservá-la. Fazer da salvação em Cristo algo dependente de nossas obras é uma grande tolice.

A doutrina “cair da graça” nos torna piores, após a salvação, do que fomos antes da mesma. Pelo menos, antes da conversão, poderíamos ser salvos; mas, se após a mesma, perdemos a salvação, estaremos perdidos para sempre. Hebreus 6:4-6 fala de uma hipotética recaída, ao declarar: “Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus, e as virtudes do século futuro, e recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o filho de Deus, e o expõem ao vitupério”
 [Este é um dos versos preferidos pelos “perdedores da salvação”] Ora, a recaída não acompanha a salvação. O autor de Hebreus está mostrando que se pudéssemos perder a salvação, jamais poderíamos reavê-la, a não ser que Cristo fosse novamente crucificado. Então, conforme essa tolice, Cristo teria de morrer um número infinito de vezes [conforme acontece nas missas católicas.] para que pudéssemos ser salvos, após cada pecado cometido.
Assim, os que rejeitam o “uma vez salvo, para sempre salvo” só podem substituí-lo pelo “uma vez perdido, para sempre perdido”.

A garantia da salvação está expressa na 1 João 5:13: “Estas coisas vos escrevi a vós, os que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna, e para que creiais no nome do Filho de Deus”. Em João 3:16, lemos as palavras de Cristo: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Em João 5:24, lemos estas palavras: “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida”. Em João 10:28-29, lemos: “E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da
Mãe de meu pai”.

Se, após termos sido salvos, pudéssemos perder a salvação, estaríamos chamando Jesus de mentiroso. E se o pecado causa a perda da salvação, então, qual o tipo e a quantidade de pecados que seriam suficientes para essa perda? [Por acaso existe uma distinção bíblica entre pecado “venial” e “mortal”, conforme o falso ensino católico?] Interessante é que os que admitem a perda da salvação jamais afirmam que foram “novamente salvos”. Eles confessam os pecados e dizem que foram perdoados. Em Hebreus 12:3-11, lemos sobre Deus disciplinando os filhos como Pai e que se Deus não nos disciplinasse seríamos como filhos bastardos. Ora, se, após termos sido disciplinados deixássemos de ser filhos de Deus, então Deus já não mais teria filhos para disciplinar. A verdade é que a disciplina confirma que somos filhos de Deus, e não que tenhamos perdido a salvação.

Não pelas obras - Alguns [0s mórmons, por exemplo] afirmam que precisamos ser batizados, a fim de sermos salvos. Outros [os pentecostais], que precisamos falar em línguas. Estas são formas de salvação pelas obras. Alguns até acham que perderam a salvação porque não conseguiram falar em línguas. E há quem afirme estar salvo simplesmente porque acredita nisso. Estes se assemelham aos mencionados em Mateus 7:22-23, conforme as palavras de Cristo: “Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? “E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade”. Jesus respondeu “nunca vos conheci”, em vez de ter dito:
“Vocês foram salvos, mas perderam a salvação!”.

Temos aqui uma importante distinção. Os que acreditam numa “recaída” diriam sobre os cristãos professos, que apostataram da fé e estão vivendo numa vida de pecados grosseiros, que estes “caíram da graça” e “perderam a salvação”. Mas, os que crêem na segurança da salvação eterna, e não sendo coniventes com uma conduta reprovável, prefeririam afirmar que tal pessoa jamais havia conhecido Cristo e, portanto, jamais fora realmente salva.
Devemos dar o conforto bíblico aos que realmente estão salvos, mas quando outros afirmam estar salvos, mas negam o que dizem com os lábios, tendo uma vida reprovável, não devemos oferecer falsas esperanças.

Somos salvos pelas obras? Claro que não! Mas essas obras são uma prova de que fomos salvos, conforme Efésios 2:10. Na 1 Coríntios 3:12-15, lemos sobre as obras “E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo”. Elas serão provadas pelo fogo diante do Tribunal de Cristo (2 Coríntios 5:10). Ali, nossas boas obras receberão galardão, mas a falta delas não causará a perda da salvação. Uma pessoa que jamais tenha praticado uma boa obra, mas tenha crido sinceramente na suficiência do sacrifício de Cristo, será salva, “todavia como pelo fogo”. Nós nunca iríamos pensar que tal pessoa fosse salva e que ela nem parecia ser cristã, mas, pela fé em Cristo ela não Pereceu, pois foi salva pela fé e não pelas obras.

Será que a base do ”uma vez salvo, para sempre salvo” deve encorajar os cristãos a viverem em pecado? Paulo responde no ato: “De modo nenhum!” (Romanos 7:7-c). Nunca devemos oferecer conforto algum, nem segurança, a quem vive em ostensivo pecado. Em vez disso, devemos lhe dizer: “Ora, se você fez uma decisão por Cristo em sua vida, como pode ter sido sincero, se continua a viver em pecado?” Em vez disso, devemos declarar o mesmo que Paulo, conforme a 2 Coríntios 13:5: “Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados”.

Nossa confiança na vida eterna repousa no AMOR, na imutável GRAÇA e na provisão de Deus em Cristo; não em nosso merecimento ou comportamento. Vivendo conforme a Palavra Santa, sentiremos uma gratidão eterna pelo nosso bendito Salvador e pelo dom da Sua GRAÇA, a qual Ele jamais vai retirar de nós, por causa da nossa fragilidade espiritual. Deus é fiel!


Dave Hunt - The Question of Eternal Security of the Believer
Mary Schultze, 17/08/2011 - 
www.maryschultze.com

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Aquele que crê em Cristo como seu Salvador e Senhor está salvo, está sendo salvo e será salvo. Quanto à justificação já fomos salvos; quanto à santificação estamos sendo salvos; quanto à glorificação seremos salvos. Na justificação fomos salvos da condenação do pecado; na santificação estamos sendo salvos do poder do pecado; na glorificação seremos salvos da presença do pecado.


"Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie;"

(Ef. 2:8-9)