sábado, 6 de janeiro de 2018

As Bem-Aventuranças





As Bem-AventurançasOs Pobres de Espí

“Bem-aventurados os pobres de espírito,  porque deles é o reino dos céus”(Mateus 5:3)


As multidões não entendiam o que escutavam do seu próprio Criador. Hoje também, precisamos entender que Jesus é nosso Criador, ele entende até o mais profundo do nosso ser.

Jesus iniciou sua mensagem com esta palavra: “Bem-aventurados”. Qual é o significado dessa palavra? Significa “muito feliz”. Jesus se referia a uma felicidade muito profunda e permanente. Jesus estava falando de uma felicidade que não depende das circunstâncias da vida. Todo ser humano anela esse tipo de felicidade, mas poucos são os que realmente a experimentam.

Para alcançar esse tipo de felicidade é necessário que sejamos POBRES de espírito (Mateus 5:3). Porém, o que significa ser pobre de espírito?

Primeiro o espírito não é um dos cinco sentidos do corpo humano; não se pode ver nem tocar, representa o mais profundo do nosso ser. Essa parte do ser humano que determina como ele é diante de Deus.

Todos entendemos o significado da palavra pobre. O pobre é o que carece de recursos. É a mesma palavra que se usa para mendigo. É a mesma palavra que Jesus usou para Lázaro em Lucas 16:20-22. Em geral, o mendigo é o mais pobre entre os pobres. Assim a frase poderia ser: “Bem-aventurado os [mendigos] de espírito”.

Ninguém quer ser mendigo, mas Jesus nos diz aqui que essa é uma condição necessária para desfrutar da verdadeira felicidade e para entrar no reino de Deus.

Como é que um mendigo se atreve a pedir ajuda? É porque ele entende sua necessidade e sabe que sua existência depende do que os outros lhe dão. Um verdadeiro mendigo pede com humildade e também com importunidade. Ele sabe que verdadeiramente precisa de ajuda. Portanto, ele persiste até recebe-la.

No evangelho de Lucas encontramos de forma diferente: “Bem-aventurados vós, os pobres. ”  (Lucas 6:20). Não creio ser a condição literal de mendigo. Por sua vez, aquele que praticamente não tem nenhum recurso financeiro pode entender melhor os princípios da mendicância espiritual.

Muitas vezes tentamos alcançar as bênçãos espirituais com a mesma autossuficiência que empregamos nas coisas materiais. Na realidade, a autossuficiência é o principal obstáculo para as bênçãos de Deus.

A maioria das pessoas confia em sua própria religião ou nas “coisas boas” que fazem e nunca reconhecem a necessidade de ser mendigos de espírito. Temos um exemplo típico disso em Mateus 19:16-25. Esse jovem pensava que possuía quase tudo o que necessitava para ter a vida eterna. Ele pensava que a vida eterna se alcançava por meio de ações. Embora ele fosse até Jesus em busca de respostas, saiu convencido de que não necessitava de ajuda de Jesus. A confiança que colocamos em nossas riquezas espirituais nos serve de obstáculo para entrar no reino dos céus. A condição de mendigo de espírito, é requisito indispensável para entrar no reino dos céus. Se não viermos a ser dependentes de Deus não haverá entrada para nós em seu reino.

Bartimeu também é um exemplo de um espírito de um mendigo (Marcos 10:46-52). Quando Jesus se aproximou, Bartimeu manifestou um espírito genuíno de mendigo. Depois, expressou com clareza sua necessidade. Também veio sem vergonha e, ao mesmo tempo, com humildade. Finalmente, pediu várias vezes de forma importuna. Bartimeu buscava algo muito mais importante que o dinheiro. Ele necessitava ter a vista restaurada, e recebeu o que precisava.

Todos nós também nos encontramos em uma condição de cegueira espiritual antes de receber a santidade espiritual de Cristo. Nessa condição é impossível ver a bela vida de abundância, a vida livre da escravidão do pecado e livre de relacionamentos quebrados. Assim, é impossível entrar em um relacionamento íntimo com nosso Criador que nos permite viver sem temores e preocupações. Oh, que pudéssemos ser mendigos como Bartimeu e nos aproximar de Jesus e clamar: “Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim! ” Assim Jesus nos responderá: “Que queres que eu te faça? ” Se fizesse essa pergunta a você, como você lhe responderia?

Deus pode curá-lo de seu orgulho e egoísmo. Ele pode livrá-lo do seu vício. Da impureza sexual, da idolatria, das fofocas e das calúnias, das brigas e contendas, dos ódios e das amarguras, das bebedices e glutonarias. Ele pode transformar as atitudes que causam relacionamentos quebrados e lares fragmentados. Ele pode curar as enfermidades emocionais; os desânimos e as depressões, as angústias e desilusões da vida, e toda a classe de opressão demoníaca.

Ele tirará a tristeza causada pela escravidão do pecado e dará a você uma alegria permanente que ninguém pode tirar. E como se fosse pouco, Jesus nos dará ampla entrada em Seu reino.


“Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus. ”