CERCO PRESENTE, PERIGO REAL!

CERCO PRESENTE, PERIGO REAL!


Por que as associações de igrejas são tão perniciosas e destrutivas? Quais métodos mais comuns têm sido usados na política que pretende descaracterizar a forma congregacional, independente e soberana das igrejas locais? 


Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais. – I Coríntios 5.11



Todas as igrejas nos primitivos séculos eram corpos independentes, nenhuma delas sujeita à jurisdição de qualquer outra...um grande número de erros característicos e perniciosos foram introduzidos em muitas igrejas. Algumas tornaram-se muito irregulares.” 
– Dr J. M. Carrol, em trecho do livro O RASTO DE SANGUE, página 36. Imprensa Prudente – SP, 2007.

0. Objetivo
Este texto é um alerta amoroso: Se sua igreja local ainda  não estiver sofrendo com a intimidação (interna ou externa) para unir-se à qualquer associação, convenção ou liga de Igrejas, em breve estará. Todos os irmãos estão em perigo se não houver permanência no discernimento bíblico. É nosso dever afirmar isso o mais claramente possível.

Quando uma igreja local passa a ser o campo onde prevalece o pensamento intimidador da “união a qualquer custo e qualquer que seja o preço”, as Doutrinas Batistas Fundamentais serão inevitavelmente combatidas e a firmeza, o caráter histórico e Bíblico da Fé Doutrinária serão postos abaixo.

Além disso todos os irmãos que se mantiverem desejosos da fidelidade (Judas 3), mantendo-se contrários às determinações relativistas e politicas dos lideres comprometidos serão retratados como “rebeldes intolerantes” e serão posto à descarte.

Infelizmente, não poderão deixar de apostatar os que permanecerem em estado de letargia, agindo como se nada estivesse ocorrendo. Que DEUS nos dê mercê de que muitos despertem, sem demora, enquanto clamamos: Maranata! Ora vem, Senhor Jesus.

“E isto digo, conhecendo o tempo, que já é hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé.” – Romanos 13.11“Por isso diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá.” – Efésios 5.14


1. Introdução

A imagem impressiona. Um homem se arrasta por entre os túmulos. Vive nas catacumbas e deita-se com os defuntos. Dorme um sono acalentado pela podridão da morte. Age como se fosse um cadáver, mesmo estando cheio de vida. Sua condição é lastimável, mesmo de miséria profunda!
Esta é a condição do salvo, em pleno torpor e sem interesse por obediência e fidelidade, apresentada pelo Apóstolo Paulo em Efésios, quando exorta os irmãos a serem imitadores de DEUS como filho amados (Ef 5.1) e não se deixarem domar pelo conluio inconseqüente de uma vida de desagravos e pecados diante de DEUS.
O Apóstolo nos exorta a andarmos com amor (Ef 5.2), ao mesmo tempo nos adverte da necessidade de santificação (Ef. 5.8-9). Assim, sendo separados por DEUS, poderemos aprovar o que é agradável a DEUS (Ef 5.10) e não teremos comunhão com as trevas, não comunicaremos com ela (Ef 5.11-12). DEUS condena todas estas coisas (Ef. 5.13) e nos dando todas as exortações para que o sono mórbido da rebeldia como igreja local não venha nos atingir (Ef 5.14-21).
O texto é riquíssimo e urge-nos um pálido resumo do mesmo para que possamos adentrar no terreno perigoso das intimidações atuais que tem assolado igrejas locais, afligido idosos irmãos que testemunharam da fidelidade dos pastores fiéis do passado e enchido o coração dos mais jovens com a morosidade ante a separação eclesiástica, desprovida de qualquer critério Bíblico e Doutrinário, em prol de associações irregulares.


 Oh, DEUS! Despertai-os!


2. O Pastor Político

A história dos Batistas Fundamentalistas do passado apresenta um zelo de extrema dedicação pelo Ministério Pastoral. Como tantas vezes regozijamos em perceber quão dedicados e fiéis eram estes antigos pastores. Consumiam-se em lutas contra o erro, cuidando amorosamente de seu rebanho a fim de levá-los para “pastos verdejantes” onde os instruía Teológica e Doutrinariamente a fim de protegê-los dos lobos devoradores, falsos mestres. Hoje o clamor eclesiástico e pastoral tem sido: “Não queremos Doutrina nem Teologia! Dá-nos a comunhão pacífica entre irmãos, livrando-nos de ambas!” [Comparar com a condição da Igreja de Laodicéia em Apocalipse 3.14-20] Eu aqui, quase em uma sátira, me dedico a referenciá-los justamente por que para o mundanismo, mudados os tempos, mudam-se os métodos, sendo porém permanentes os objetivos.
Disse certo homem de DEUS: 

“Quem não estuda a História Eclesiástica, inevitavelmente decairá da Fé!”. 


Os homens fiéis do passado têm sido legados a acusações das quais não podem se defender de maneira presente, porém “suas obras os seguem” e eles, mesmo mortos, “ainda falam” pelo testemunho que deixaram. (Hb 11.4; Apoc. 14.13)

Enfrentaram a ignomínia, a rejeição e a solidão. Foram tidos como a escória deste mundo, mas jamais desviaram da Verdade eterna, a Palavra de DEUS. O Dr. J. M. Carrol nos seu excelente “Rasto de Sangue”, em outro livro que não pode estar ausente nas bibliotecas pessoais dos irmãos que desejam permanecer na mesma batalha, apresenta de forma magnífica os erros que redundaram na maior, mais antiga e mais apóstata associação de igrejas que este mundo se dará ao desgosto de conhecer, a Igreja Católica Romana. De Apostólica nada tem!

Em razão de extenso número de pastores não aprovados, havidos pelo título mas não pela obra, estarem transformando suas igrejas locais em assembleias irregulares, dois erros são cruciais para lançar as bases da “mulher” que há de, em breve, montar na “besta escarlate” (Apoc. 17):

1. O Batismo como meio de salvação, que redundou posteriormente nas Doutrinas da Regeneração Batismal e do Batismo Infantil. Por conta disto, desde a mais tenra idade, o cristianismo primitivo reconheceu os povos anabatistas (rebatizadores) como os mais radicais, entendendo-se assim que suas raízes eram tão somente a Palavra de DEUS e a fé que foi dada aos santos (Judas 3).

2. O caráter de superioridade de certos bispos (pastores) em relação a outros, que degringolou na Hierarquia Eclesiástica (Nicolaísmo), a subordinação Papal e a junção da Igreja e do Estado.

Não sejamos preguiçosos, estudemos a História e tomemos tempo com nossos irmãos do passado que, jamais negando a fé, foram perseguidos, torturados e mortos sem jamais arrefecer do que criam, conforme as Sagradas Escrituras.
Entristece-nos saber que, vivendo em um mundo que se supõem liberto das rudezas do passado ao mesmo tempo em que sucumbe ante a escravidão ignorante imposta pela tecnologia moderna, as igrejas locais esvaziam-se das riquezas históricas do passado em defesa de conceitos anti-bíblicos, “dormindo” embalados pela ignorância imposta por pastores políticos.

O objetivo é o mesmo, pois Lúcifer continua com os mesmos intentos: destituir toda e qualquer igreja local de suas identidades doutrinárias e históricas, preparando o palco para o homem do pecado (II Tess. 2.3). 
O cheiro suave e o sabor adocicado dos argumentos defraudarão o formato da fé, mas serão amargos no fim.

3. Desculpas regulares para posições irregulares

Como se dá o método dos pastores políticos? A jornada é sempre a mesma? Talvez haja algumas variações, aqui apresento apenas uma lista de possibilidades.
Inicialmente, começam por destituir o valor da herança histórica como se todos os que lutaram pela fé morreram por terem enfrentado, na verdade, a ira de DEUS e não a rebeldia dos homens.

Quanta falácia! Desde o Antigo Testamento os verdadeiros profetas e pastores tem sido zombados, ridicularizados, adoecidos de tristeza, enfrentado mesmo as conseqüências físicas impostas pelos seus inimigos mortais. 


“Vejam aqueles irmãos, coitados! Ficaram sozinhos por se recusarem a reconhecer nossa unidade em legítima associação. Se estivesse conosco estaria tão bem, tão melhor! Vamos para com isso, deixemos a Bíblia de lado, pois o que vale é nosso amor!”


Onde na Palavra de DEUS encontramos motivações humanas para manter-se unidade? As motivações são espirituais, centrada em DEUS e jamais no homem. [Veja o caso do pecado de Saul em relação a Agague em I Samuel 15]

Nossa motivações para a comunhão devem permanecer Bíblicas, Fundamentadas na Palavra de DEUS eterna. 


O que temem os pastores políticos das associações hierarquizantes e de forma e padrão sectário?


Podemos ir a uma lista, mesmo que incompleta? 

Temem: 

Diminuição no número de membros, ficarem sem este ou aquele apoio financeiro, o distanciamento de amigos do passado, redução na abrangência de sua influência, e muitos outros motivos de mesma natureza.

Como isso contrasta com a firmeza da fé dos heróis do passado que a tudo enfrentaram e foram relevados à fogueira a ao esquecimento deste mundo, sem jamais negarem sua fé.

“Antes sozinhos pela Verdade que unidos pelo Erro!”


Parafraseando certo herói da Fé. Amém, é a este clamor que devemos unir nossas vozes e esforços.
Assim, o método político padroniza o que eu chamo de “Efeito da Síndrome Partidária”. Os pastores seguem uma agenda que poderiam ser descrita da seguinte forma, mesmo com algumas pequenas alterações:

1. Unir em torno de si os descontentes com a fidelidade Bíblica, acusando os irmãos que desejam continuarem fiéis de ultrapassados, velhos, caquéticos, rebeldes.

2. Embasar suas determinações no apreço, na amizade e no pensamento de que o amor deve ser mais forte em nós, mesmo em detrimento da Doutrina, da Prática e da Fidelidade.

3. Imprimir a intimidação com visitas sorrateiras, conversar paralelas, acusações sem provas que permanecem sempre no campo da suposição, distorções da Palavra de DEUS, plena descontextualização dos fatos.

4. Dividir e conquistar. As igrejas locais geralmente ficarão entre os mais velhos e os mais novos. Entre os “antigos” e os mais “compreensivos”.

5. Impedir a clareza de qualquer exposição contrária, remover do púlpito qualquer argumentação Bíblica pautada em Exegética explanação.

6. Apresentar argumentos sugestivos, mas errôneos e carnais:


6.1 Devemos “amar e perdoar”


Sim! Mas quando ocorre ARREPENDIMENTO, CONFISSÃO e ABANDONO do PECADO! Quando isso ocorre (seja com igreja local, irmãos na fé) há campo Bíblico sólido para restabelecer comunhão. Onde há igrejas com guitarras, baterias, dancinhas sensuais, vestes imorais, conluios políticos, namoros permissivos, dentre outras SEM NENHUM ARREPENDIMENTO, muito menos CONFISSÂO e ABANDONO do pecado que há para que haja comunhão com as trevas?

6.2Meus amigos, meus parentes e conhecidos estão lá. 


Vemos que muitos há que amamos que irão para o inferno, porém isto não é desculpa para que desejemos sermos lançados lá com eles. Que se nos dá que igrejas locais, mesmo onde haja irmãos que amamos, continuem rebeldes. Eles prestarão conta de si mesmo a DEUS e não a nós. Permaneçamos portanto fiéis a DEUS e não aos homens.

6.3. Os jovens são levados a pensar: 


“Com quem vamos namorar e casar?” (por mais absurdo que isto pareça, tenho visto este argumento se proliferar, tanto em várias igrejas assediadas como naquelas que já sucumbiram). Onde na Palavra de DEUS encontramos tão argumento para a comunhão eclesiástica neo testamentária acima da Doutrina? Simplesmente em lugar algum! A base da comunhão deve ser tão somente a fidelidade à Palavra de DEUS. Seguir neste argumento é ser direcionado pela carne. Lamentável fim terão os pais que concordarem com este absurdo.

7. Inevitável é o disfarce. Não falar toda a verdade, manipular, subjugar, engendrar. As visitas às escondidas, as ações que deixam os irmãos acuados, engasgados, pálidos. Que vergonha! Que pecado!

8. Alguns “sintomas avançados” do problema evidencia-se também doutrinariamente:


8.1 Aversão pela Doutrina da Preservação da Palavra de DEUS. A frase comum: “Todas as Bíblias são boas, vamos parar de lutar por coisas sem importância!”

8.2 Rejeição das músicas tradicionais e inserção de músicas modernas e ritmadas, destituindo a santidade da música. 

8.3 Desaparecimento do púlpito da Teologia Exegética e Sistemática.

8.4 Abandono da Disciplina Eclesiástica com um crescente sentimento de tolerância ao pecado.

8.5 Envolvimento constante e persistente com ensino dúbio e o indefinido em relação à separação bíblica. Geralmente aqui os crentes que possuem certo discernimento começam a perceber durante os sermões que os estudos são direcionados àqueles que pensam diferente da maioria.

Lembre-se, isto não ocorre da "noite para o dia". O conluio, o disfarce, os conchavos vem "gota a gota". O "escorregão" começa suave!


Porém, diante dos pontos (que podem receber acréscimos inumeráveis), eis o meu amoroso apelo para nossa conclusão: 


Não se deixe seduzir pelo erro, deixe-se consumir pela Verdade!


4. Conclusão


Se você sabe do que estou falando, ou já viu algo parecido, ou está no meio de uma situação onde deve haver tomada de decisão?

Ela será inevitável. Se você que pretende ser fiel à Palavra de DEUS e a seus preceitos, se ainda não vivenciou isso, em breve poderá atravessar situação semelhante. Alguns estão enfrentando as mesmas dificuldades, muitos preferem amortecer suas próprias consciências. Chegarão a uma encruzilhada. Deverão tomar uma decisão. E ponto de decisão envolverá dois caminhos possíveis: Ou pela Bíblia e pela Separação ou então pela Carne e pela união a qualquer custo.

Não será possível decidir por um, sem abdicar do outro. Eles são mutuamente excludentes. Titubear será sucumbir. Sentimentalizar a situação apenas cauterizará alguns e postergará, mesmo que muito pouco tempo, a decepção que se seguirá para outros.


Que DEUS tenha misericórdia de nós nestes últimos dias, em que a tudo tem sido permitido que se adentre as igrejas enquanto Cristo, e Sua Doutrina e Teologia, tem sido deixadas do lado de fora.



Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo. – Apocalipse 3.20

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