sábado, 26 de abril de 2014

POR QUE ALGUNS HOMENS NEGAM QUE DEUS EXISTE?



POR QUE ALGUNS HOMENS NEGAM QUE DEUS EXISTE?

Disse o néscio no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras, não há ninguém que faça o bem. 
Salmos 14.1

Os homens sentem instintivamente a existência de Deus. Por que, então, alguns a negam? É por causa de falta de evidência? Não, é somente por não lhes agradar este sentimento. Tal sentimento os perturba em suas vidas pecaminosas. Portanto, conjuram argumentos que erradiquem das suas mentes o pensamento de Deus. Todo ateu e agnóstico luta principalmente para convencerem-se a si mesmos. Quando eles apresentam os seus argumentos aos outros é em parte para prová-los e em parte para se defenderem. Nunca fazem com o propósito que suas ideias possam ser de auxílio a outros.

Um ateu é aquele que, por amor ao pecado, entremeteu-se na sua mente e a trouxe a uma condição de guerra com o seu coração no qual a mente assalta o coração e tenta arrancar dele o sentimento de Deus. O coração contra-ataca e procura compelir a mente a reter o pensamento de Deus. Nesta peleja a mente, portanto, está constantemente procurando argumentos para usar como munição. Ao passo que descobre esses argumentos, desfere-os contra o coração com a maior força possível.

Está explicada a razão de ele gostar de expor seu pensamento. Está em guerra consigo mesmo e fica mais confiante mesmo quando escuta o roncar da sua munição sendo desferida.

Há muitas evidências de que a mente do ateu nunca é totalmente vitoriosa sobre o seu coração. “O número de ateus verdadeiramente especulativos tem sido muito pouco, se existir; alguns têm afirmado corajosamente sua descrença de Deus, mas é uma questão se os seus corações e bocas concordaram. Pelo menos eles não foram capazes de manter sua incredulidade por bom tempo sem ter algumas dúvidas e medos.” (Gill, Body of Divinity, Corpo de Divindade, pág. 3). Shelley, que foi expulso de Oxford por ter escrito um panfleto sobre a “Necessidade do Ateísmo”, tinha prazer em pensar de um “belo espírito intelectual permeando o universo”. Voltaire diz-se que orou numa tempestade alpina e, ao morrer, disse: “Ó Deus - se existe um Deus - tenha piedade de mim!” Portanto podemos concluir com Calvino: “Aqueles que julgam corretamente sempre concordam que há um sentimento da divindade gravado permanentemente sobre as mentes dos homens.”

“A razão pensa em Deus como existente. A razão não seria razão se não pensasse em Deus como existente.” (Dorner, Glaubenslehre). É por esta razão que Deus disse na Sua Palavra: “Disse o néscio no seu coração: Não há Deus.” (Salmo 14:1). Só um tolo negará a existência de Deus. Alguns tolos são analfabetos; alguns são educados; mas, não obstante, são tolos, porque não têm conhecimento ou ao menos não reconhecem nem mesmo o princípio da sabedoria que é o temor do Senhor. Veja Provérbios 1:7.


A CONSCIÊNCIA HUMANA


Os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os; 
Romanos 2.15

Para fins práticos, a consciência pode ser definida como a faculdade ou poder humano de aprovar ou condenar suas ações em uma base moral. O apóstolo Paulo, um dos maiores eruditos do seu tempo, afirmou que os pagãos, que não tinham ouvido de Deus ou de Sua lei, mostravam “a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando--os, quer defendendo-os” (Romanos 2:15).

Paulo assim afirmou que os homens aos quais não foram ensinados um padrão moral tinham uma consciência do certo e do errado. Eruditos modernos nos dizem que os povos mais rudimentares da terra têm consciência.

Não se pode dizer, portanto, que o homem tem consciência por causa dos ensinos morais que ele recebeu. Não se pode duvidar que a instrução moral aguça a consciência e faz sua convicção mais pungente; mas a presença da consciência no pagão ignorante mostra que a educação moral não produz consciência. A consciência, então, nos informa da existência da lei. A existência da lei implica a existência de um legislador; logo a consciência humana atesta o fato da existência de Deus.