As Bem-AventurançasOs Pobres de Espí
“Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus”(Mateus 5:3)
As
multidões não entendiam o que escutavam do seu próprio Criador. Hoje também,
precisamos entender que Jesus é nosso Criador, ele entende até o mais profundo
do nosso ser.
Jesus
iniciou sua mensagem com esta palavra: “Bem-aventurados”. Qual é o significado
dessa palavra? Significa “muito feliz”. Jesus se referia a uma felicidade muito
profunda e permanente. Jesus estava falando de uma felicidade que não depende
das circunstâncias da vida. Todo ser humano anela esse tipo de felicidade, mas
poucos são os que realmente a experimentam.
Para
alcançar esse tipo de felicidade é necessário que sejamos POBRES de espírito
(Mateus 5:3). Porém, o que significa ser pobre de espírito?
Primeiro
o espírito não é um dos cinco sentidos do corpo humano; não se pode ver nem
tocar, representa o mais profundo do nosso ser. Essa parte do ser humano que determina
como ele é diante de Deus.
Todos
entendemos o significado da palavra pobre. O pobre é o que carece de recursos.
É a mesma palavra que se usa para mendigo. É a mesma palavra que Jesus usou
para Lázaro em Lucas 16:20-22. Em geral, o mendigo é o mais pobre entre os
pobres. Assim a frase poderia ser: “Bem-aventurado os [mendigos] de espírito”.
Ninguém
quer ser mendigo, mas Jesus nos diz aqui que essa é uma condição necessária
para desfrutar da verdadeira felicidade e para entrar no reino de Deus.
Como
é que um mendigo se atreve a pedir ajuda? É porque ele entende sua necessidade
e sabe que sua existência depende do que os outros lhe dão. Um verdadeiro
mendigo pede com humildade e também com importunidade. Ele sabe que
verdadeiramente precisa de ajuda. Portanto, ele persiste até recebe-la.
No
evangelho de Lucas encontramos de forma diferente: “Bem-aventurados vós, os pobres.
” (Lucas 6:20). Não creio ser a condição
literal de mendigo. Por sua vez, aquele que praticamente não tem nenhum recurso
financeiro pode entender melhor os princípios da mendicância espiritual.
Muitas
vezes tentamos alcançar as bênçãos espirituais com a mesma autossuficiência que
empregamos nas coisas materiais. Na realidade, a autossuficiência é o principal
obstáculo para as bênçãos de Deus.
A
maioria das pessoas confia em sua própria religião ou nas “coisas boas” que
fazem e nunca reconhecem a necessidade de ser mendigos de espírito. Temos um
exemplo típico disso em Mateus 19:16-25. Esse jovem pensava que possuía quase
tudo o que necessitava para ter a vida eterna. Ele pensava que a vida eterna se
alcançava por meio de ações. Embora ele fosse até Jesus em busca de respostas,
saiu convencido de que não necessitava de ajuda de Jesus. A confiança que
colocamos em nossas riquezas espirituais nos serve de obstáculo para entrar no
reino dos céus. A condição de mendigo de espírito, é requisito indispensável
para entrar no reino dos céus. Se não viermos a ser dependentes de Deus não
haverá entrada para nós em seu reino.
Bartimeu
também é um exemplo de um espírito de um mendigo (Marcos 10:46-52). Quando
Jesus se aproximou, Bartimeu manifestou um espírito genuíno de mendigo. Depois,
expressou com clareza sua necessidade. Também veio sem vergonha e, ao mesmo
tempo, com humildade. Finalmente, pediu várias vezes de forma importuna.
Bartimeu buscava algo muito mais importante que o dinheiro. Ele necessitava ter
a vista restaurada, e recebeu o que precisava.
Todos
nós também nos encontramos em uma condição de cegueira espiritual antes de
receber a santidade espiritual de Cristo. Nessa condição é impossível ver a
bela vida de abundância, a vida livre da escravidão do pecado e livre de
relacionamentos quebrados. Assim, é impossível entrar em um relacionamento
íntimo com nosso Criador que nos permite viver sem temores e preocupações. Oh,
que pudéssemos ser mendigos como Bartimeu e nos aproximar de Jesus e clamar:
“Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim! ” Assim Jesus nos responderá: “Que
queres que eu te faça? ” Se fizesse essa pergunta a você, como você lhe
responderia?
Deus
pode curá-lo de seu orgulho e egoísmo. Ele pode livrá-lo do seu vício. Da
impureza sexual, da idolatria, das fofocas e das calúnias, das brigas e
contendas, dos ódios e das amarguras, das bebedices e glutonarias. Ele pode
transformar as atitudes que causam relacionamentos quebrados e lares
fragmentados. Ele pode curar as enfermidades emocionais; os desânimos e as
depressões, as angústias e desilusões da vida, e toda a classe de opressão
demoníaca.
Ele
tirará a tristeza causada pela escravidão do pecado e dará a você uma alegria
permanente que ninguém pode tirar. E como se fosse pouco, Jesus nos dará ampla
entrada em Seu reino.
“Bem-aventurados
os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus. ”